sexta-feira, 4 de maio de 2012

O Rebucetê Entrevista: Lucas Santtana



Por Ana Paula Marques

Foto: Rafael Flores
Lucas Santtana lançou no final de fevereiro o seu novo álbum intitulado "O Deus Que Devasta Mas Também Cura". Esse novo trabalho possui uma sonoridade múltipla, contendo até mesmo samples de música clássica e vídeo-game, além de letras bastante descritivas e participações especiais, como dos cantores Céu e Curumin. É nesse ritmo que o baiano de Salvador vem se apresentar na primeira edição do Festival da Juventude de Vitória da Conquista, como convidado da também soteropolitana Vendo 147. Além dele, os músicos Nina Becker e Pepeu Gomes também farão uma participação especial no show.  No backstage do evento, um pouco antes da passagem de som, Lucas nos recebeu e contou algumas curiosidades sobre o novo trabalho. Confiram!


O Rebucetê: Muitos artistas já disponibilizaram seus trabalhos para download gratuito. Você, além disso, ainda escolheu uma rede social para o lançamento. O que você vê como um possível retorno dessa ação?

Lucas Santtana: A gente escolheu o Facebook  para fazer o lançamento do álbum dessa vez porque é uma rede que tem crescido. O Brasil é o segundo país que possui mais usuários dessa rede e acabou de passar a Índia. Acredito que o Facebook acabou tomando o lugar dos blogs, essa coisa do compartilhar é muito rápido. Se você ouve uma música, vê um disco, um livro e gosta é só apertar um botão e compartilhar. Você joga aquilo ali e é disseminado rapidamente.

O Rebucetê: “O Deus...” conta com a participação de artistas como Céu, Curumin, Kassin, e Dengue. Como surgiu o convite para essas participações?

LS: Todos eles são amigos, pessoas que a gente sai pra beber independente de música e nossa amizade surgiu por afinidade musical.

Foto: Rafael Flores
OR: Uma das suas músicas faz referência a Belém capital do Pará e o estado vive hoje um momento de reconhecimento muito forte das suas raízes culturais. Você concorda com a máxima de que o Pará é o novo ‘it’ da música nacional?

LS: A cena de Belém é muito importante e tá num momento bom. Está aparecendo mais, tem uma novela da Globo que mostra a cultura tecnobrega e por isso, acabou se tornando mais popular. Mas a cena existe a muito tempo, desde o Verequete, passando pelo Pinduca, enfim. É uma cena muito interessante, pois tem influência de cima, do Caribe, com uma mistura do indígena, do negro. Essa cena foi evoluindo e ganhando esse toque eletrônico, com o tecnobrega, e mostrando uma autenticidade muito forte. Mas independente de estar vivendo uma exposição muito grande ou não, indubitavelmente é algo de grande importância para o Brasil, sempre foi e vai ser cada vez mais. Tem uma geração nova aí que tá pegando coisas do passado e misturando com o presente, enfim.

O show Vendo 147 convida Lucas Santtana, Nina Becker e Pepeu Gomes começa logo mais, na Praça Barão do Rio Branco, no palco principal do Festival da Juventude de Vitória da Conquista. Imperdível!


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