Da Redação*
Dia 12 de novembro é dedicado ao Hip Hop e nós d' O Rebucetê relembraremos agora alguma das nossas matérias que trazem um pouco da bagagem da cultura das ruas no Brasil e em Vitória da Conquista.
A música que ainda mete o dedo na ferida
Emicida no Festival Suíça Bahiana 2011/ Foto: Rafael Flores |
No
13 de maio, aniversário da Abolição da Escravatura, o jovem negro Emicida
mostrou que o Hip Hop, criado nos guetos jamaicanos em Nova York, funciona
muito bem como um megafone para a situação social em que o nosso país se
encontra. Já dizia Chico Science, também influenciado pelo Hip Hop
pernambucano: "eu me organizando posso desorganizar". O movimento tem
se organizado cada vez mais e os seus militantes têm toda razão quando
caracterizam o movimento como uma arma. Entretanto, políticas públicas para a
cultura são escassas, ainda mais se tratando de políticas que abracem a cultura
da periferia da margem; e essa mobilização dos jovens de periferia em
torno da arte talvez não tenha tanto alcance enquanto os moldes educacionais,
políticos e culturais continuarem estáticos e presos ao atual modelo de
Estado.
As mina, pá!
Dina Di/ Imagem: Google |
O rap com um toque de feminilidade no som das
rimas, passou a não apenas destacar as lutas cotidianas da mulher da
atualidade, como também iniciaram um movimento contra a infelicidade, tornando
as letras mais acessíveis e plurais. As MC’s, cada uma com sua história de
vida, estão fazendo um trabalho no qual merecem “máximo respeito”. Entre
tantas, podemos destacar as paulistas Negra Li e Lurdez da Luz, a brasiliense
Flora Matos, as curitibanas Karol Conká e Nathy MC e a carioca Nega Gizza.
Ao som do raggamuffin a noitada nunca perde a graça
Cultura Sound System em Vitória da Conquista/ Foto: Rafael Flores |
A cultura sound system, que engloba outros
ritmos como o hip hop, dub stereo, rap e reggae nasceu na Jamaica entre o
início da década de 1950. O raggamuffin (termo usado pela juventude de
Kingston-Jamaica para se referir ao ritmo da música) veio aparecer somente a
partir de 1980 através de Wayne Smith.. Aqui no Brasil existem pontos
específicos de produção e consumo do ragga dancehall (é muito comum associar os
termos raggamuffin e dancehall como se fossem a mesma coisa, porém, enquanto o
primeiro faz referência a forma de se cantar, o dancehall significa o ritmo, as
batida e a musicalidade do som). Curitiba, São Paulo, Brasilia, Salvador e
Vitória da Conquista são algumas cidade que possuem nomes já consolidados como Bemba Trio, Miss Ivy, Sacal, Ministereo Público e Daganja. A maioria desses
nomes já incendiaram noites em Conquista junto com o Complexo.
Vamos cada vez mais semear a cultura das ruas, a cultura que salva, preservando a diversidade e lutando pela justiça! #PeriferiaTambémFazCultura
0 comentários:
Postar um comentário