Por Maria Eduarda Carvalho
Dentro de um período de vivência em São Paulo eis
que surgiu a oportunidade. Alguma correria e pouquíssimos dias depois cheguei
ao Rio de Janeiro para fazer a cobertura da Cúpula dos Povos na Rio +20. O
espaço de atividades auto-gestionadas vai discutir durante os próximos dias
questões ambientais sob diferentes óticas.
Desconsiderando temporariamente os
relatos de deslocamentos e espaços físicos, é importante chamar atenção para a
importância do evento que não passa necessariamente pelo seu conceito básico. Mais
interessante que os debates, as mesas, palestras, painéis e outras atividades
de formação, é o fluxo de informação que corre com as pessoas. Não precisa dizer
muito, ás vezes não precisa dizer nada, cada presente traz uma bagagem cultural
imensa a ser decupada.
Os movimentos que compõem a
Cúpula são o retrato do Brasil. Política, cultura, religião, informação,
sociedade, dando a César o que é de Marco Antônio. Troca de emails,
experiências e sugestões de pauta ao pedir uma referência geográfica. Aliás, e
quem já não se perdeu por aqui? Talvez a má sinalização e a confusão de mais de
30 atividades simultâneas seja muito boa para estimular o convívio.
Nesse espaço de trocas naturais,
atividades simultâneas e grandes expectativas é difícil, quase impossível, se
comprometer com uma cobertura onipresente, mas os fragmentos que serão captados
ao longo da programação vão aos poucos construindo a imagem do todo. O breve e
- sem pé nem cabeça - relato era necessário para contextualizar e alinhar as
mentes do que qualquer outra coisa.
E vou, vamos todos, com a cabeça fria, o pé quente e o coração
bombando.
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