quarta-feira, 18 de julho de 2012

“Só vamos embora quando tudo terminar”


Por Rafael Flores

Mobojó, China e Jorge Du Peixe/ Foto: Rafael Flores




Sim, já chegamos a conclusão óbvia que o Festival de Inverno de Garanhuns é sinônimo de bons shows. Academia da Berlinda, Siba, Lira, Silvério Pessoa, Mombojó, Maquinado, China, Catarina Dee Jah, não necessariamente nessa ordem foram alguns shows que entre goladas das miniaturas do vinho "Quinta do Morgado" que vendem por aqui, assistimos e aprovamos nesta uma semana de estadia em Garanhuns. Seguem as minhas impressões e tentativas de reviews do que rolou na noite de segunda-feira.


Maquinado

Lúcio Maia/ Foto: Rafael Flores
Chegamos na metade do show de Lúcio Maia, que apresentava o seu projeto Maquinado, acompanhado de bateria e baixo. Sem o seu habitual chapéu, mas com uma camiseta estampada de flores e um grande óculos escuros, Maia tirou onda com seus amplificadores e homenageou a banda da qual faz parte, a Nação Zumbi, com o conhecido instrumental de Coco Dub. A estrutura do palco Pop tremeu com a reposta do público. Saímos ainda nos últimos acordes, com medo de perder o show que eu esperava ver desde meados de 2006.

Mombojó

Felipe S, Mombojó/ Foto: Rafael Flores
Alguns segundos da banda tocando sozinha, o vocalista Felipe S. entra correndo no palco Guadalajara e já dispara “Antimonotonia”, música do último álbum feita praqueles que cansaram de fazer sempre os mesmos programas. O show misturou em doses bem medidas os três álbuns da banda, “Nadadenovo”, “Homem-Espuma” e “Amigo do Tempo”. Bem ao estilo losermânico, o público recém saídos da adolescência se amontoava em frente ao palco e acompanhava em coro tudo que saia da caixa de som, incluindo os riffs de guitarra. "Tá todo mundo dançando, eu também quero dançar", como no refrão de "A Missa" me veu vontade de não estar com a câmera fotográfica fragilizada por um esbarrão no dia anterior e carnavalizar me comprimindo ao animado bolo de gente.









China

China, aquele do Acesso MTV. Sim, era a referência que eu tinha, além de ter escutado alguma coisa do Sheik Tosado, sua antiga banda, há algum tempo. Ah, sim, claro, também temos uma rebuceteira que dançou escrotamente para um clipe do cara. Já estávamos aquecidos pela energia e com as pancadas de surpresa com as fortes letras do recifense, quando ele anunciou a participação de Jorge du Peixe. Caramba, mais um integrante da Nação Zumbi em uma noite só! Com o back n’ vocal formado por integrantes da Mobojó, Jorge du Peixe e China cantaram juntos “O homem da gravata florida”, de Jorge Ben, “Prato de Flores” do repertório da Nação e “Boa Viagem” do próprio China.  Outro convidado foi Felipe S, que voltou ao palco  Guadalajara para, como num hino, despedir-se do público com o refrão de "Deixe-se Acreditar", parceria dele com o China. 

China e Jorge Du Peixe/ Foto: Rafael Flores
Roberta Sá

Roberta Sá/ Foto: Rafael Flores
"Vamos ficar pro show de Roberta Sá, daí fazemos umas fotos pra por na página, sei que o pessoal curte", disse a Paulinha logo quando China e companhia deixaram o palco. O público rapidamente se modificou, não eram mais os pós-adolescentes, agora predominavam afetados fãs com seus trinta e pouco anos. Roberta apresentou música do seu novo trabalho, "Segunda Pele" e passeou pelos antigos, o que rendeu aplausos e muitos gritos. Doce e simpática, a cantora de Natal (RN), homenageou ainda o amigo pernambucano Lula Queiroga, de quem gravou diversas composições, tais como "Ah Se Eu Vou" e "Pavilhão de Espelhos". Foi agradável, ver a menina com as mãos na cadeira pra curar a ressaca de tanto rock n' rolll.

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