Da Redação
Para quem sabe quem é Marx e para quem
nunca ouviu falar dele, para quem não sabe o que são essas marchas sociais
ocorridas no país e também para quem participa e constrói todas elas. Para quem
faz cinema, critica cinema, ama cinema e para quem se utiliza dele apenas como
sessão da tarde, aqui vai uma dica das boas: acontecerá entre os dias 17 e 18
de julho, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia o projeto 1° de Maio no
Cinema.
É, tá certo, quando comentei para uma
amiga sobre o evento, ela imediatamente indagou se tinham errado o nome do
projeto, afinal “primeiro de maio já passou”. Sorri e expliquei para ela que
nessa data específica é comemorado o dia do trabalho e que, o projeto, visava
justamente ampliar o debate entre capital x trabalho dentro de uma linguagem
cinematográfica. O discente e organizador do evento, Cristiano Santos (o
Ruivo), explica que optou “ por grandes obras do cinema”. Segundo ele, todos os filmes que estão na programação do simpósio são clássicos da linguagem
cinematográfica. “Contaremos com filmes como ‘Terra e liberdade’ e ‘A classe
operária vai ao paraíso’ ”, diz.
Dentre vários focos encontrados no
projeto, o objetivo maior é reunir e congregar no campus da universidade,
discentes, professores, pesquisadores, técnicos, além de representantes de
movimentos sociais e organizações comunitárias, para discutir temas
relacionados ao sentido histórico da relação capital x trabalho, bem como, à
centralidade do trabalho na produção do espaço geográfico e as possibilidades
destas analises a partir de narrativas do cinema.
Se para alguns já se tornou demodé
discutir esse tema, dentro das academias, das organizações sociais e para os
discentes da universidade, se faz cada vez mais necessário atualizá-lo e
recolocá-lo em discussão de maneira crítica e embasada. Sobre a importância do
evento para a universidade, Cristiano afirma que o o evento contempla os
três pilares de uma instituição acadêmica, sendo eles a pesquisa, o ensino e a
extensão. “No âmbito do ensino e extensão, o evento se coloca enquanto
possibilidade para que alunos pré-vestibulandos da cidade, possam participar de
discussões em nível de doutores renomados de todo o país”, diz. Já do ponto de
vista da pesquisa, a intenção do discente com a aproximação entre a ciência geográfica
e a sétima arte se constitiui em uma possibilidade de discutir a geografia do
ponto de vista epistemológico, debater o próprio desenvolvimento da ciência
geográfica e das possibilidades de construção deste discurso.
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