quinta-feira, 5 de julho de 2012

Na vertigem do cinema mando um abraço pra ti

Da Redação


Para quem sabe quem é Marx e para quem nunca ouviu falar dele, para quem não sabe o que são essas marchas sociais ocorridas no país e também para quem participa e constrói todas elas. Para quem faz cinema, critica cinema, ama cinema e para quem se utiliza dele apenas como sessão da tarde, aqui vai uma dica das boas: acontecerá entre os dias 17 e 18 de julho, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia o projeto 1° de Maio no Cinema.

É, tá certo, quando comentei para uma amiga sobre o evento, ela imediatamente indagou se tinham errado o nome do projeto, afinal “primeiro de maio já passou”. Sorri e expliquei para ela que nessa data específica é comemorado o dia do trabalho e que, o projeto, visava justamente ampliar o debate entre capital x trabalho dentro de uma linguagem cinematográfica. O discente e organizador do evento, Cristiano Santos (o Ruivo), explica que optou “ por grandes obras do cinema”. Segundo ele, todos os filmes que estão na programação do simpósio são clássicos da linguagem cinematográfica. “Contaremos com filmes como ‘Terra e liberdade’ e ‘A classe operária vai ao paraíso’ ”, diz.


Dentre vários focos encontrados no projeto, o objetivo maior é reunir e congregar no campus da universidade, discentes, professores, pesquisadores, técnicos, além de representantes de movimentos sociais e organizações comunitárias, para discutir temas relacionados ao sentido histórico da relação capital x trabalho, bem como, à centralidade do trabalho na produção do espaço geográfico e as possibilidades destas analises a partir de narrativas do cinema.

Se para alguns já se tornou demodé discutir esse tema, dentro das academias, das organizações sociais e para os discentes da universidade, se faz cada vez mais necessário atualizá-lo e recolocá-lo em discussão de maneira crítica e embasada. Sobre a importância do evento para a universidade, Cristiano afirma que o  o evento contempla os três pilares de uma instituição acadêmica, sendo eles a pesquisa, o ensino e a extensão. “No âmbito do ensino e extensão, o evento se coloca enquanto possibilidade para que alunos pré-vestibulandos da cidade, possam participar de discussões em nível de doutores renomados de todo o país”, diz. Já do ponto de vista da pesquisa, a intenção do discente com a aproximação entre a ciência geográfica e a sétima arte se constitiui em uma possibilidade de discutir a geografia do ponto de vista epistemológico, debater o próprio desenvolvimento da ciência geográfica e das possibilidades de construção deste discurso.

O evento “1° de maio no cinema” terá em sua programação diferentes debates, dentre eles, “A reestruturação produtiva: a sociedade do trabalho” e “A reprodução, em escala ampliada, do não-trabalho”. Professores de renome em todo o país como Antônio Thomaz Junior e Marco Mitidieiro estarão presentes nas mesas, bem como oferecendo os minicursos, entitulados de “Reestruturação Produtiva e o Mundo do Trabalho” e “Cinema e Revolução”. A programação completa você pode conferir aqui, em breve.

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