segunda-feira, 31 de outubro de 2011

[Especial Halloween] O Rebucetê Entrevista: Maldita

Por Rafael Flores

O mundo espiritual se fundindo com o material, esse é o clima do Halloween. Ontem, no último dia do do Festival Suiça Bahiana, no qual as camisetas pretas dominavam o ambiente, conversamos com o Erich Mariani, vocalista da banda Maldita e produtor de filmes de terror trash. No vídeo abaixo, o carioca ainda conta uma história macabra pra Rebucetv.




O Rebucetê: Qual a influência da religiosidade na vida de vocês e no trabalho da banda?

E.M: Na verdade somos todos ateus de um certo modo, mas ainda assim, cada vez mais acredito que no nosso íntimo a gente mantem uma certa espiritualidade. Mas a forma simbólica que a gente expressa ou sente isso acho que não é a forma que a gente tá acostumado a ver nas religiões de um modo geral. 

R: E a máscara que você usou no show, o que significa?

E.M: Cara, a máscara é o arquétipo né? É carregada de uma presença. A máscara traz algo com ela, um personagem. No caso a máscara que eu entrei hoje representa o esqueleto de um dragão né? O dragão é um arquétipo muito poderoso, e a gente tenta buscar isso pra nossa arte de modo geral. Porque a Maldita é uma banda multimídia, além de ser um conjunto musical tem também todo um apelo visual, uma questão estética.


Foto: Divulgação
R : Qual o motivo de tantos assassinatos de mulheres em suas letras?

E.M : O motivo disso são as nossas mulheres né? Assim eu tive muitas namoradas que infernizaram minha vida no passado e me inspiraram muito na hora de compor. Eu transformei esse ódio, essa vingança em música.

R: Sentiram alguma influência do Halloween?

E.M: Halloween é sempre o aniversário de todo mundo aqui. É uma data que a gente sempre se diverte, independente de ser espiritualizado ou não. Dizem que é o solstício de verão que marca essa data, né? Essa virada de outubro pra novembro. E a lua entra em escorpião, isso faz com que as pessoas fiquem excitadas. Essa excitação pro nosso show é muito boa, tanto pra banda quanto pro público. Essa é uma data, que assim, agora pessoalmente falando, que eu me recorde, há umas 5 anos é uma data que estou sempre feliz,  sempre me acontece coisas muito boas. A gente sempre faz show nessa data, ou perto 
dessa data. Algumas pessoas consideram macabro, assustador, mas a Maldita encara isso de um modo totalmente diferente, totalmente oposto.

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