Por Ana Paula Marques, Bianca Brito, Murillo Nonato e Thaís Pimenta
A última noite do Festival Suíça Bahiana foi de muito rock. Na arena via-se um mar negro. Há muito tempo não se via essa galera, órfã dos shows no Centro de Cultura, reunida. Os punks e headbangers da cidade vieram em peso prestigiar as apresentações das bandas Facada, Distintivo Blue, Clamus, Clube de Patifes, Rinoceronte, Cama de Jornal, Hillbilly Rawhide, Maldita e Ratos de Porão.
Foto: Dorgi Barros |
Quando a Hillbilly Rawhide subiu ao palco, o country rock tomou conta do clube. Quem não se sentiu num daqueles filmes de faroeste? Transbordando irreverência e dotados de um estilo único, o grupo paranaense, que também propõe o resgate do rockabilly, divertiu o público que dançou do início ao fim do show.
A banda carioca de metal industrial Maldita foi uma das últimas atrações que tocou no Suíça Bahiana. Letras que falam de religião, dor, morte e sexo, além de máscaras e performances, marcaram um dos shows mais esperados da noite. Macabro! (Confira a entrevista do Maldita aqui).
Com uma lata de cerveja na mão e a irreverência a qual já estamos acostumados, o vocalista da Cama de Jornal divertiu a galera durante toda a apresentação da banda no FSB. Na cara-de-pau chegaram até a convidar o João Gordo para fazerem uma participação no show, mas não deu muito certo.” Okay, mas eu quero tirar uma foto com o João Gordo, já estou avisando a produção.Se não me deixarem tirar a foto eu vou fazer confusão nesse backstage”, brincava Nem. O vocalista lembrou ainda que há 10 anos atrás estavam ensaiando no fundo do quintal de um amigo e ressaltou a importância para eles de estarem tocando em um festival como o que foi promovido pelo Suíça Bahiana nesse final de semana. O repertório não teve novidades, cantaram seus maiores sucessos, que foram acompanhados em coro pela plateia. A surpresa ficou reservada para a música “Esgoto ou Lama”, em que um boneco com mais de dois metros de altura feito de sucata percorreu o espaço e dançou junto com os fãs.
A atração mais esperada da noite era certamente os Ratos de Porão, encabeçada por João Gordo, figura clássica no rock brasileiro, famoso por se envolver em polêmicas e por seu temperamento difícil. O show dos caras aqui em Vitória da Conquista vai ficar para a história. No meio da apresentação o guitarrista e vocal da banda, o Jão, foi atingido por uma pedra que veio da platéia. Revoltado, o roqueiro pegou o microfone e deu um esporro no agressor. Em meio às palavras torpes, acabou sobrando até para a mãe do cara. Apesar de reclamar de dores, Jão decidiu continuar o show. Então, em homenagem, como diria João Gordo, ao filho da puta que jogou a pedra no guitarrista, a banda cantou “Crocodilo” para dar seguimento ao festival. “No setlist ainda constaram “Crucificados pelo Sistema”, “Beber até Morrer”, “AIDS, Pop, Repressão”, entre outras.
gostei da cobertura do Suiça feita pelo blog! Textos e fotos, muito bom!!!
ResponderExcluirMuito obrigado, Jesus!
ResponderExcluirobrigado pela resenha do nosso show e pela cobertura do festival...
ResponderExcluirtá lá no nosso site mais uma vez...
http://www.camadejornal.com.br/comentarios.htm
Valeu e um grande abraço procês!!!
Valeu, Nem! Abraço.
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