Por Ana Paula Marques, Thaís Pimenta, Rafael Flores e Murillo Nonato
A noite de sábado do Festival Suíça Bahiana, foi pensada para fazer o público se balançar. Ritmos dançantes tomaram conta do clube D’waler com as bandas Randômicos, Versu2, Talma & Gadelha, Suinga, Pirigulino Babilake, Canastra, Ladrões de Vinil e Emicida.
Com letras e rimas que transmitem mensagens de amor, paz e conhecimento, o grupo de rap Versu2 , tocou ainda no início da noite. Trazendo elementos cheios de swing, eles mostraram a inovação do hip hop baiano. O show contou com a participação dos MC’s Marechal e Rashid. Juntos reafirmaram a apoteose do rap no cenário musical brasileiro.
A banda potiguar Talma & Gadelha entrou no palco tocando o seu rock simples, dançante e com letras fofinhas, que passam por todas as fases do amor, contagiando o público festivalesco.
Uma das atrações mais aguardadas, a banda Suinga, trouxe a baianidade para o palco do Festival. Os hits “Pepeu no Mar”, “Deixa Voar” e “Miniminina” botaram a galera para remexer os quadris e até arriscar passinhos de arrocha. Sem dúvida, um dos momentos mais legais da noite, foi a participação do vocalista Pietro Leal, da também soteropolitana Pirigulino Babilake. Cantando “Sorvete de Cajá”, as duas bandas emendaram os shows. Todos os integrantes da Suinga se deslocaram para o palco da Pirigulino e cantaram juntos antigos sucessos genuinamente baianos, como “Protesto Olodum” e “Alfabeto do Negão”, que também atraiu o rapper baiano Mc Blequimobiu, da Versu2, de volta ao palco.
Com roupagem a lá tropical, a Canastra fez a arena suar a camisa. O show muito animado e dançante contou com “Falsas Promessas” como abertura, seguidas de “Motivo de Chacota”, ”Meu Cappuccino” e um cover do rei do rock, Elvis Presley. Ao som da mistura de rock e jazz, a platéia agitada pulava e dançava resgatando o rockabilly, sub-gênero do rock responsável por passinhos de dança famosos nos anos 50. De tão efervescente a apresentação teve espaço até para polêmica. Em uma das músicas, Renatinho, vocalista da banda, convidou os casais à uma competicão de dança. Seria uma perfeita estratégia de interação com os expectadores se não fosse pelo infeliz alerta do frontman: “Para quem não sabe, casal é formado por homem e mulher”. O comentário preconceituoso gerou vaias e descontentamento entre os fãs.
Pra fechar a noite de sábado, foi a vez do rapper Emicida, condecorado como artista do ano pelo Video Music Brasil, prêmio da MTV. As rimas rápidas foram acompanhadas em coro por boa parte do público. Um show sem muita pirotecnia, no palco só estavam ele e o seu DJ. No entanto os clássicos braços movimentando-se na vertical compuseram o ambiente e deram um tom bonito ao espetáculo. Sempre fazendo referências a todos os artistas que o influenciaram, o paulista encantou o público com seu carisma.
A banda Nantes, que constava na grade, não pode comparecer ao evento. Até o momento do fechamento dessa matéria, as razões pelas quais o show foi cancelado, não foram esclarecidas.
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