quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Rebucetê Entrevista: Apanhador Só

Foto: Divulgação
Por: Murillo Nonato

   A banda Apanhador Só conquistou a cena musical brasileira a partir do lançamento do seu primeiro álbum , que foi batizado com o nome do grupo, em 2010. Com o seu novo projeto, o Acústico-Sucateiro, lançado esse ano, apenas reafirmam a sua qualidade musical. Formada pelos porto-alegrenses Alexandre Kumpinski (Vocalista e guitarrista), Felipe Zancanaro (Guitarrista), Martin Estevez (Baterista) e Fernão Agra (Baixista), o conjunto já acumula críticas positivas de importantes veículos de comunicação por todo o país. Eles também já receberam  indicações no VMB (Vídeo Music Brasil) , uma das mais famosas premiações da música nacional, nas categorias “Aposta” e “Revelação” em 2010 e 2011, respectivamente.

Alexandre, Martin e Fernão começaram como uma banda de colégio, tocando para os parentes e amigos. O projeto foi crescendo e na época da faculdade, quando conheceram Felipe, a banda se consolidou com a formação atual. Então passaram a escrever músicas autorais e aí sim os integrantes se jogaram de cabeça na produção musical, se tornando um sucesso no circuito alternativo. 

    Agora, pela primeira vez na Bahia, os meninos vem nos encantar com o seu som experimental que mistura pop, rock e indie na noite de sexta-feira (28/10) no Festival Suíça Bahiana. Para saber mais sobre os caras, fizemos uma entrevista via skype com o vocalista da banda, o Kumpinski. Com muita simpatia, e sotaque gaúcho, ele responde as perguntas que seguem abaixo. Confiram.
   
O Rebucetê: O primeiro álbum de vocês, Apanhador Só, foi lançado ano passado. Como foi produzi-lo?
 
Alexandre Kumpinski:  O álbum foi produzido com o financiamento da Fumproarte, o Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural ,daqui de Porto Alegre.A gente gravou no estúdio 12, que é o estúdio do  Marcelo Fruet, o produtor musical do disco. O processo de gravação durou mais tempo do que a gente esperava. Durou um ano e meio , mas o resultado final nos agradou muito.O fato dele ter demorado de sair nos ajudou.Quando o disco saiu a gente já tava também preparado para sair, fazer turnê, tocar, aparecer mais.


O Rebucetê: Como se dá o processo de composição das músicas de vocês? De onde vem a inspiração para essas letras curiosas?
  
Alexandre Kumpinski: Cara, essa inspiração pode vir de qualquer coisa. Desde um filme que você assiste até conversas com amigos. Pode ser qualquer coisa que você vê acontecendo na rua. Não tem como definir de onde vem a inspiração exatamente. É da vida, é do geral . Geralmente eu componho as músicas com a ajuda de amigos, ou não, e a partir dessas canções  já fazemos os arranjos  com a banda.

O Rebucetê: Quais são as influências musicais da banda?

Alexandre Kumpinski Eu ouço muita coisa. Cada um de nós ouve muita coisa. Não sei identificar o que é exatamente influência ou não. É como as letras que a gente não sabe definir  de onde exatamente vem a inspiração, a mesma coisa com as bandas porque  a gente escuta muita coisa.

O Rebucetê: No álbum Acústico-Sucateiro a banda tira som com instrumentos pouco comuns. De onde surgiu essa idéia?

Alexandre Kumpinski: Quem introduziu isso na banda foi a Karina Levi. A idéia vem muito das referências de artistas que a gente  conhece e que já fazem isso, né? Que fazem isso há bastante tempo, como o Tom Zé, por exemplo.

O Rebucetê: Vocês têm um projeto de intervenção urbana que costumam realizar pelas cidades que passam. Como funciona?  Planejam fazer algo do gênero em Vitória da Conquista?

Alexandre Kumpinski: Nós viajamos,  passamos pelas cidades e levamos os instrumentos de sucata.Quando temos  tempo livre o suficiente, uma tarde livre, enfim,  vamos até um ponto da cidade, pedimos ajuda as pessoas que conhecem mais a região para escolher o lugar. Aí sentamos em qualquer lugar, em qualquer esquina,  qualquer ponto, qualquer praça e tocamos o acústico-sucateiro. Tocamos sem microfone, sem  nada. Realmente acústico. Avisamos  ao público pelas redes sociais  para  quem quiser ir ver e a gente. Em Vitória da Conquista não vamos ter tempo suficiente. Em Salvador vamos fazer, vai acontecer provavelmente no Pelourinho.

O Rebucetê:  É a primeira vez de vocês aqui na Bahia, o que esperam do show e do público baiano? O que estão preparando para o repertório?

Alexandre Kumpinski Esperamos que seja maravilhoso. Curtimos muito chegar em lugares novos para tocar porque as vezes nos surpreendemos com o quanto as  pessoas já conhecem, já acompanham pela internet o nosso trabalho. E o que o disseram da Bahia é que o povo é muito caloroso, bem divertido. A gente está esperando que seja maravilhoso. No setlist a gente vai tocar de  maneira plugada e não o acústico-sucateiro. Boa parte das músicas do primeiro álbum, o Apanhador Só,  estarão presentes. Com certeza  vamos apresentar algumas novidades, tocaremos músicas que vão estar no próximo disco. Vão ser no mínimo umas duas ou três músicas novas.


Você pode baixar os álbuns "Apanhador Só" e "Acústico-Sucateiro" gratuitamente no site da banda: http://www.apanhadorso.com/.

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