quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Noisera!

O Rebucetê Entrevista: ColorNoise.

Por Lucas Oliveira Dantas

Foto: Lucas Oliveira Dantas/Instagram
Assim como, talvez, a totalidade do público presente no Viela na última Noite Fora do Eixo (quinta, 13), a banda costarriquenha ColorNoise era total novidade para mim. A princípio fui hesitante, a ideia de duas garotas tocando guitarra e bateria me soava indie demais para meu saco. Contudo, o duo formado por Sonya Carmona (guitarra e vocais) e Alison Alvarado (bateria) me ganhou instantaneamente porque o noise delas era barulheira no melhor sentido da palavra!

Numa fusão de Noise Rock, Stoner Rock e Post-Punk, o que impressiona no duo é a competência e carisma na execução de um som vibrante que, ao longo da turnê pelo Brasil (que além de Conquista passou por Jequié, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) foi conquistando públicos cada vez mais interessados, a ponto de já conseguirem nova vinda ao país para o meio de 2013.

Na nossa rápida conversa, as meninas - simpáticas e falantes - elogiaram o cabelo do repórter, falaram de suas influências, a experiência de estar no Brasil e o apreço inusitado pelo Axé.


O Rebucetê - Como é a cena underground na Costa Rica, é difícil trabalhar e tocar? Ou ela tem evoluído e tem se tornado melhor se comunicar lá?

Sonya - Na verdade, é bem similar à que encontramos aqui no Brasil, no sentido de que o público alternativo cresce pouco a pouco, assim como os lugares alternativos em que podemos expor nosso trabalho. É bem parecido e crescente. Temos lugares diferentes para tocar... o negócio é que a Costa Rica é bem pequena, então temos de 5 a 6 lugares, todos pertos da capital, por exemplo. Então sim, temos bons lugares e é basicamente o mesmo povo [risos].

OR - Como tem sido vir e tocar no Brasil pela primeira vez? Bandas estrangeiras em  Vitória da Conquista, aqui na Bahia, são um tanto raras, então como vocês têm sentido o público?

Alison - Tem sido ótimo, quero dizer, temos adorado! Como ela disse, é parecido com a Costa Rica de um jeito que as pessoas aqui querer ouvir música... sei que aqui há muitos artistas que são muito bons e reconhecidos mundo afora, mas encontramos um público que gosta quando artistas estrangeiros vêm tocar aqui. E sentimos o tempo inteiro que os brasileiros são realmente curiosos... não sabem que somos, mas se demonstram muito curiosos para nos conhecer e ansiosos por gostarem de nosso som e nos apoiarem. Brasileiros são muito abertos e abraçam a coisa.

Foto: Lucas Oliveira Dantas/Instagram 
OR - Então a recepção tem sido ótima...

Alison - Sim, demais!

Sonya - E há um tanto de gente nos adicionando no Facebook, há muita interação, as pessoas têm repondido bem à nossa banda. E para nós isso é ótimo, porque foi exatamente a razão de termos vindo para o Brasil: encontrar um novo público e ele tem reagido a isso. É muito bom para nós! Fomos até convidadas para festivais no próximo ano, então sentimos que temos feito um bom trabalho...

Alison - Nós tivemos 5 ou 4 shows aqui e as pessoas já estão nos convidando para voltarem ano que vem, significa que gostam de nossa música. Isso é foda!

OR - O que vocês conhecem de música brasileira? Sei que vocês conhecem Axé da Bahia, mas quais suas outras influências e sons do Brasil?

Alison - Pessoalmente, minha artista favorita, não só brasileira porque a escuto desde os meus 14 anos é: Marisa Monte! Para mim ela é a melhor, a amo! Houve um tempo na escola e na faculdade em que a gente escutava muito Axé e Pagode, Gilberto Gil, Jorge Aragão... um bando de gente! Música como forró, axé, samba! Mas pessoalmente, sempre tenho Marisa Monte como parte das minhas influências - ela é a melhor Brasil!

Sonya - Oh esquecemos de mencionar também: Macaco Bong, amamos!

Alison - Eles são amravilhosos! Em Ipatinga tocamos antes deles [num show] e há um ano, antes até de sabermos que viríamos para cá, um amigo nos mandou um link sugerindo-os e adoramos. Nunca imaginamos que tocaríamos no mesmo show que eles! E os conhemos e são ótimas pessoas!

Sonya - Músicos maravilhosos!

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