sábado, 11 de agosto de 2012

Segundo dia de Rock Cordel apresenta novidades da cena independente

Por Rafael Flores

Maldita/ Foto: Rafael Flores
Vitória da Conquista recebeu ontem cerca de 4 mil pessoas na Praça Barão do Rio Branco, durante o segundo dia do Festival Rock Cordel.
Sete bandas se apresentaram, dentre elas a local Os Barcos e as cariocas Pietros e Maldita.

A banda de Itabuna Mendigo Blues abriu cedo a noite de sexta. Influenciados também por Charles Bukowski, Paulo Leminski e John Fante, o som da banda mistura o rock setentista e o blues norte-americano com a música regional.  Com a praça já preenchida por um público diverso, a segunda a entrar no palco foi a conquistense Impiza Roots, que esquentou a galera com seu reggae, incorporando um tom social nas canções.

Pietros/ Foto: Rafael Flores
A banda Pietros do Rio de Janeiro foi a terceira a entrar no palco, com um som meio adolescente. Os cariocas conseguiram fazer algumas garotas dançarem, mais especificamente na versão rock de “Assim você mata o papai”, da banda de pagode Sorriso Maroto.  O vocalista João Telles afirma que assim como na Maldita (banda conterrânea que se apresentou no fim da noite e da qual dividem o baterista Vidaut), os integrantes são todos muito ecléticos, e antes de tudo são amantes da música em geral.

Velha conhecida do público conquistense, “Cinco Contra Um” é sempre fonte confiável para um som agradável. Apresentando um rock meio reggae, afinado ao xaxado do sertão, eles embalaram o público com um repertório que mesclou canções autorais do álbum “O Fogo o Breu e Ela” com novas composições.

Por questões de logística, a Garboso, escalada para tocar logo após a Pietros, trocou de lugar com Os Barcos, que tocaria no sábado (11) às 23 horas. Os Barcos, banda local que mais agrega gente em suas apresentações, subiu ao palco apresentando sua nova formação. Abandonando os teclados e acoplando mais uma guitarra, o show ficou dinâmico. Em vésperas de divulgar o novo EP intitulado “Revolto”, Marx Eduardo (voz), Fernando Bernadino (guitarra), Diego Oliveira (guitarra) e Netto Fernandes (bateria) apresentaram uma das duas faixas que estarão presentes no novo produto.

Os Barcos/ Foto: Rafael Flores

Todo o hype sobre a Maldita já havia começado desde o início da noite; muitas camisetas estampadas com o nome da banda circulavam pela praça. Pela terceira vez na cidade em menos de um ano, a banda do Rio de Janeiro veio mostrar o show do novo trabalho “Montagem”, que mescla batidas de funk carioca ao rock industrial. “Nós da Maldita somos muito idiossincráticos com nossa música, levamos muito a sério o que a gente faz musicalmente, a gente se leva a sério. Achamos que estava na hora de fazer uma maluquisse desse jeito e a gente simplesmente reuniu e gravou”, diz Erich Mariani, vocalista. Outra novidade é a inclusão de um segundo vocalista. Menos peculiar que Erich, porém com um vocal um pouco mais potente, Fernando Dias impressiona.

Amsterdã/ Foto: Rafael Flores
A tarefa de encerrar a noite não foi fácil para a banda cearense Amsterdã, os 13ºC da madrugada esvaziaram a praça e eles acabaram tocando para poucos. Mesmo assim, conseguiram mostrar muito bem o seu trabalho. Com um estilo que passa pelo rap e pelo rock n’ roll, a banda lembra muito os primeiros anos da santista Charlie Brown Jr. No momento eles trabalham numa série de EP’s que abordam o tema do fim do mundo e devem ser lançados ainda neste semestre.

A programação do festival Rock Cordel termina neste sábado. Tocam ainda no palco da pra Barão do Rio Branco, as bandas Neubera Kundera (Jequié), Tangerina Jones (Feira de Santana), Folks (Rio de Janeiro), Surf Sessions (Brasília), Garboso (Vitória da Conquista), Princípio Ativo (Vitória da Conquista) e Callangazoo (Salvador).

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