Por Rafael Flores
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Público durante o show da Ladrões de Vinil/ Foto: Rafael Flores |
Começou ontem na praça Barão do Rio Branco em Vitória da Conquista, o
Festival Rock Cordel, realizado pelo Banco do Nordeste em parceria com o Suíça Bahiana Coletivo/Circuito Fora do Eixo. Conquista é uma das poucas
cidades do interior do Nordeste, e única cidade baiana, a receber o festival,
cuja primeira edição ocorreu em Fortaleza em 2007. Agora no segundo semestre,
ele ainda ocorre em Teresina (PI),
Recife (PE) e Maceió (AL), fazendo parte das ações de comemoração dos 60 anos
do Banco do Nordeste.
Segundo Gilmar
Dantas, produtor cultural do Coletivo Suíça Bahiana, Vitória da Conquista foi
escolhida para sediar o festival, por conta de sua localização estratégica e de
sua história musical recente de produções autorais que já possui um público
formado pra esse tipo de evento. Ainda segundo a produção a curadoria do evento
priorizou a escolha das bandas locais, mas sem esquecer que as trocas feitas
com os artistas de outras regiões do país também são importantes para o avanço
da cena.
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Na Terra de Oz/ Foto: Rafael Flores |
Com quarenta minutos de atraso, a abertura ficou por conta da
conquistense Na terra de Oz. A banda é nova no cenário local, no entanto já tem
uma mini turnê marcada para circular no interior do Ceará em setembro e
consegue fazer com que o público acompanhe algumas letras.
O atraso do baterista causou um déficit de quatro músicas no set planejado, mas mesmo assim o grupo conseguiu apresentar um repertório completamente autoral.
“A gente pensou em fazer o show completamente autoral pelo fato de que já crescemos um pouco aqui dentro da cidade e estavamos querendo mostrar o conceito do nosso trabalho como um todo”, explica Breno Mota, baterista.
O atraso do baterista causou um déficit de quatro músicas no set planejado, mas mesmo assim o grupo conseguiu apresentar um repertório completamente autoral.
“A gente pensou em fazer o show completamente autoral pelo fato de que já crescemos um pouco aqui dentro da cidade e estavamos querendo mostrar o conceito do nosso trabalho como um todo”, explica Breno Mota, baterista.
Segunda a entrar no palco, a também conquistense Distintivo Blue dedicou
o show a Celso Blues Boy, mestre do blues brasileiro, que morreu na última
segunda-feira, vítima de câncer na garganta. Assim
como o homenageado, a proposta da banda é dar uma personalidade ao blues
produzido no Brasil, porém adicionando uma pitada de humor à tradicional
melancolia presente no gênero. Dentre as composições, divididas entre os dois
EPs já gravados, os bluseiros do sertão apresentaram a mais recente
composição “Miopia”, um relato irônico sobre a greve da Polícia Militar - do
início deste ano - e “Na Trilha do Blues”, que está entre
as 50 classificadas do X Festival de Música da Educadora FM.
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Distintivo Blue/ Foto: Rafael Flores |
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Enio e a Maloca/ Foto: Rafael Flores |
A banda Enio e
a Maloca, com seu rock brasileiro e influenciados pela Soul Music, entrou logo
em seguida. A última vez que a banda soteropolitana tocou na cidade, foi em
2010, na primeira edição do festival Grito Rock, e desde então a cena
independente local cresceu e amadureceu. “Eu fico muito feliz, vi que a coisa
cresceu de uma forma muito bacana, estruturada e organizada, e tô vendo que tá
vindo banda de uma monte de canto do país, então é bacana ver que Conquista tá
virando um polo cultural de música independente”, disse o vocalista Enio.
A banda acabou de gravar o seu segundo álbum, “Uma Parte do Todo”, produzido por André T. e Júlio Tolstoi e que deve ser lançado até o final de agosto. O público atento ao blues da última atração, demorou de se entregar ao som de Enio e a Maloca. Isto até serem tocados os primeiros acordes de “Smells Like Teen Spirit” do Nirvana, quando se formaram as primeiras “rodinhas punk” da noite, mas os roqueiros se assustaram um pouco quando perceberam que a letra original foi trocada pela de “Billie Jean” do Michael Jackson.
A banda acabou de gravar o seu segundo álbum, “Uma Parte do Todo”, produzido por André T. e Júlio Tolstoi e que deve ser lançado até o final de agosto. O público atento ao blues da última atração, demorou de se entregar ao som de Enio e a Maloca. Isto até serem tocados os primeiros acordes de “Smells Like Teen Spirit” do Nirvana, quando se formaram as primeiras “rodinhas punk” da noite, mas os roqueiros se assustaram um pouco quando perceberam que a letra original foi trocada pela de “Billie Jean” do Michael Jackson.
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Ladrões de Vinil/ Foto: Rafael Flores |
O público permaneceu empolgado para responder ao excitante show dos
Ladrões de Vinil, referência na região com seus seis anos de estrada. Também em
processo de gravação de novos materiais, a banda mostrou ao público uma das
músicas novas, que acompanha o rock dançante dos trabalhos anteriores.
A punk Cama de Jornal, talvez maior referência do underground conquistense, aumentou a energia do público que respondia em coro a cada grito de Nem, o vocalista. Ponto alto foi a participação dos integrantes da Ladrões de Vinil e Distintivo Blue, que juntos cantaram a clássica “O álcool me persegue” da Cama de Jornal.
A punk Cama de Jornal, talvez maior referência do underground conquistense, aumentou a energia do público que respondia em coro a cada grito de Nem, o vocalista. Ponto alto foi a participação dos integrantes da Ladrões de Vinil e Distintivo Blue, que juntos cantaram a clássica “O álcool me persegue” da Cama de Jornal.
O público foi mudando de acordo com o horário e com o estilo das
atrações. Já nos finais do primeiro dia de festival, as camisetas pretas
começaram a predominar na frente do palco, sinal de que os headbangers já
estavam prontos para o show das paraibanas Soulscream e Warcursed. No entanto,
o vocalista da Soulscream estava com dengue e a banda não pôde se apresentar.
Poucos resistiram à chuva que resolveu cair no início da madrugada, porém
rolaram muitas rodinhas e o “bate-cabeça” foi intenso no show da Warcursed, que
divulga o primeiro álbum "Escape from Nightmare". Cheio de riffs melódicos que contrastam com o vocal gutural de Jean Sauvé, o que foi apresentado varia entre o Trash e o Death Metal.
O som continua nesta sexta (10) e no sábado (11), confira a grade:
Sexta:
19h: Mendigos Blues
20h: Impiza Roots
21h: Pietros
21h: Pietros
22h: Cinco Contra Um
23h: Os Barcos
00h: Maldita
01h: Amsterdã
23h: Os Barcos
00h: Maldita
01h: Amsterdã
Sábado:
19h: Neubera Kundera20h: Tangerina Jones
21h: Folks
22h: Surf Sessions
23h: Garboso
00h: Príncipio Ativo
01h: Callangazoo
Além da programação musical, o festival se preocupou também com a formação cultural do público. No sábado (11) acontece uma conversa sobre distribuição musical no Brasil com Rogério Big Bross, produtor do Festival Big Bands e responsável pelo selo Big Bross Records.
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