Por Ana Paula Marques e Rafael Flores
Milton Nascimento no Palco Guadalajara/ Foto: Rafael Flores |
O modelo de festival gratuito que
conhecemos pode ser muito bem aproveitado em Vitória da Conquista. Nosso
festival de inverno não permite muito essa absorção, no entanto outros eventos
como o Festival da Juventude, o Festival Avuador e o Festival Suíça Bahiana, os
quais se preocupam com a formação cultural do seu público, deveriam ter uma ideia
do que rola por Garanhuns em termos de temática, valorização da cultura popular, dos pontos turísticos, da gastronomia, da grade musical e principalmente da inserção do evento em todos os bairros da cidade.
A formação cultural ultrapassa os muros da produção musical, pois o festival proporciona debates acerca de temas atuais, como por exemplo, os painéis sobre sustentabilidade na cultura popular e as novas possibilidades no sistema público de comunicação que aconteceram durante a vigésima segunda edição do evento. Vários espaços receberam as oficinas oferecidas e até a praça da Fonte Luminosa, onde estava localizada a tenda da Praça da Palavra, se tornou lugar de debate.
A cultura popular está inserida tanto nos
palcos espalhados pelos pontos turísticos, como nos espaços de discussão. As ruas foram tomadas por cortejos e intervenções urbanas e os artistas independentes e de rua ocuparam
cada cantinho da cidade. As crianças também tem seus espaços no FIG, o Palco da
Cultura Popular é tranquilo para ir com os filhos. Mas é no Polo Euclides
Dantas que rolam apresentações de fantoches, dança, teatro e circo para a gurizada pernambucana.
Praça da Palavra/ Foto: Diário de Pernambuco |
Camarote da Acessibilidade/ Foto: Rafael Flores |
Para uma cidade de médio porte, Garanhuns possui muitos pontos turísticos, como o Cristo do Magano, o Relógio das Flores e o Castelo de João Capão, todos bem cuidados e bastante visitados durante o evento. Neste ano, dois novos polos foram criados no Cristo do Magano e na comunidade quilombola do Castainho, ressaltando ainda mais a valorização desses locais. Os olhos (e bocas) também se ligam nas comidinhas da cidade, através do Festival Gastronômico, que seleciona diversos estabelecimentos para indicar o que comer ao público local e visitante. No entanto, nem todas dessas indicações batiam com nosso poder econômico, por isso ficamos com os espetinhos de bolinhas de queijo e carne das barraquinhas, sem esquecer de fugir das coxinhas e empadas.
Lucas Santtana/ Foto: Rafael Flores |
Difícil concluir um texto, quando a carga de informações que temos ainda não congruiram em um fim específico em nossas cabeças. O certo é que a intenção maior desta cobertura foi mostrar que é possível fazer um evento que movimente de verdade a economia local, fomente o turismo, valoriza a cultura regional, tudo isso feito por uma gestão pública e com segurança. Sabemos que a estrutura dos governos e mesmo da organização dos próprios estados são diferentes, mas a nossa vontade é que os festivais de nossa região, que citamos no início do texto, evoluam e tomem conta da cidade.
Reginaldo Rossi/ Foto: Rafael Flores |
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