Por
Lucas Oliveira Dantas
Fonte: orebucete [instagram] |
Duas
coisas básicas acontecem durante o Encontro Nacional de Estudantes
de Comunicação (Enecom). A primeira é que invariavelmente, em
algum ponto e momento, você se cansa das pessoas de sua delegação;
a segunda, uma vantagem, é que isso te impulsiona em imergir no
evento da melhor forma: socializando.
A
viagem de Vitória da Conquista a Brasília foi tranquila e rápida.
Sempre que pensava no Enecom-Pará e as mais de 48 horas na estrada,
me batia a fadiga, contudo, recém-chegados ao Pavilhão Anísio
Texeira, da Universidade Nacional de Brasília (UNB), toda a
delegação conquistense estava feliz e excitada, mesmo sendo 3h da
manhã.
Eu,
Luiza Audaz e Mariana Kaoos – “o trio do amor” – armamos as
barracas no corredor, guardamos nossas coisas e imediatamente nos
juntamos aos membros da comissão organizadora que ainda se
encontravam acordados. Dentre Stellas, cigarros e planejamentos,
alguém disse que sairia para comprar gelo e cerveja – e como O
Rebucetê não perde a oportunidade de um rolê, nos enfiamos no
carro com o broder brasiliense e tivemos nosso tour particular pela
madrugada da cidade.
A
lógica planejada do Distrito Federal é impressionante desde a
chegada; do alto podíamos ver as luzes em retas paralelas e, no
carro envenenado de Diego (nosso broder), cruzávamos loucamente
pelas ruas da asa norte, em direção ao eixo rodoviário (o Eixão).
Segundo o manual de sobrevivência do Enecom, distribuído após o
credenciamento, Brasília fora projetada “para carros
individualistas”, tendo um transporte coletivo ruim.
Fonte: orebucete [instagram] |
Tal
lógica me foi evidente quando nosso guia da madruga nos mostrava as
largas avenidas da cidade, com pouquíssimos pontos de ônibus pelo
percurso. Quando chegamos ao Lago Sul, a coisa ficava ainda mais
fascinante: mansões maravilhosas e milionárias ostentavam fachadas
de arquiteturas sofisticadas e nas ruas BMWs descansavam livres e
soltos pela noite. Residências de muitas embaixadas, aquelas casas
fazem parte da área nobre do DF e, assim, nossa missão de gelos e
cerveja se perdeu dentre as pontes do Lago Paranoá.
Nosso
principal objetivo no Enecom é a produção das Rondas Rebucetê e
diários de bordo da equipe nos espaços. Sendo assim, enquanto o
encontro não começava, procurávamos “pautas do que fazer”;
para o turista recém-chegado, Brasília pode parecer confusa, pois
não há bairros, as ruas não têm nomes (mas números) e encontrar
coisas como bares e restaurantes requer um certo trabalho.
Encontramos
o Alfredo’s por acaso, numa vontade louca de refrescar o calor com
nada mais nada menos que cerveja. Sob uma decoração divertida, com
quadros e fotos de Cultura Pop [inter]nacional que também nomeavam
os sabores das pizzas servidas, conversamos com a gerente Marcela
sobre a produção de uma Ronda.
Aos
poucos, O Rebucetê vai se estabilizando e transformando o Enecom-DF
em nossa casa. Hasta próxima.
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