sábado, 14 de julho de 2012

Diário de Bordo: Na madruga boladona


Por Lucas Oliveira Dantas
Fonte: orebucete [instagram]
Duas coisas básicas acontecem durante o Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação (Enecom). A primeira é que invariavelmente, em algum ponto e momento, você se cansa das pessoas de sua delegação; a segunda, uma vantagem, é que isso te impulsiona em imergir no evento da melhor forma: socializando.

A viagem de Vitória da Conquista a Brasília foi tranquila e rápida. Sempre que pensava no Enecom-Pará e as mais de 48 horas na estrada, me batia a fadiga, contudo, recém-chegados ao Pavilhão Anísio Texeira, da Universidade Nacional de Brasília (UNB), toda a delegação conquistense estava feliz e excitada, mesmo sendo 3h da manhã.


Eu, Luiza Audaz e Mariana Kaoos – “o trio do amor” – armamos as barracas no corredor, guardamos nossas coisas e imediatamente nos juntamos aos membros da comissão organizadora que ainda se encontravam acordados. Dentre Stellas, cigarros e planejamentos, alguém disse que sairia para comprar gelo e cerveja – e como O Rebucetê não perde a oportunidade de um rolê, nos enfiamos no carro com o broder brasiliense e tivemos nosso tour particular pela madrugada da cidade.

A lógica planejada do Distrito Federal é impressionante desde a chegada; do alto podíamos ver as luzes em retas paralelas e, no carro envenenado de Diego (nosso broder), cruzávamos loucamente pelas ruas da asa norte, em direção ao eixo rodoviário (o Eixão). Segundo o manual de sobrevivência do Enecom, distribuído após o credenciamento, Brasília fora projetada “para carros individualistas”, tendo um transporte coletivo ruim.

Fonte: orebucete [instagram]
Tal lógica me foi evidente quando nosso guia da madruga nos mostrava as largas avenidas da cidade, com pouquíssimos pontos de ônibus pelo percurso. Quando chegamos ao Lago Sul, a coisa ficava ainda mais fascinante: mansões maravilhosas e milionárias ostentavam fachadas de arquiteturas sofisticadas e nas ruas BMWs descansavam livres e soltos pela noite. Residências de muitas embaixadas, aquelas casas fazem parte da área nobre do DF e, assim, nossa missão de gelos e cerveja se perdeu dentre as pontes do Lago Paranoá.

Nosso principal objetivo no Enecom é a produção das Rondas Rebucetê e diários de bordo da equipe nos espaços. Sendo assim, enquanto o encontro não começava, procurávamos “pautas do que fazer”; para o turista recém-chegado, Brasília pode parecer confusa, pois não há bairros, as ruas não têm nomes (mas números) e encontrar coisas como bares e restaurantes requer um certo trabalho.

Encontramos o Alfredo’s por acaso, numa vontade louca de refrescar o calor com nada mais nada menos que cerveja. Sob uma decoração divertida, com quadros e fotos de Cultura Pop [inter]nacional que também nomeavam os sabores das pizzas servidas, conversamos com a gerente Marcela sobre a produção de uma Ronda.

Aos poucos, O Rebucetê vai se estabilizando e transformando o Enecom-DF em nossa casa. Hasta próxima.

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