Por Rafael Flores
|
Mobojó, China e Jorge Du Peixe/ Foto: Rafael Flores |
Sim, já chegamos a conclusão óbvia que o Festival de Inverno de Garanhuns é sinônimo de bons shows. Academia da Berlinda, Siba, Lira, Silvério Pessoa, Mombojó, Maquinado, China, Catarina Dee Jah, não necessariamente nessa ordem foram alguns shows que entre goladas das miniaturas do vinho "Quinta do Morgado" que vendem por aqui, assistimos e aprovamos nesta uma semana de estadia em Garanhuns. Seguem as minhas impressões e tentativas de reviews do que rolou na noite de segunda-feira.
Maquinado
Lúcio Maia/ Foto: Rafael Flores |
Chegamos na metade do show de
Lúcio Maia, que apresentava o seu projeto Maquinado, acompanhado de bateria e baixo. Sem o seu habitual chapéu, mas com uma camiseta estampada de
flores e um grande óculos escuros, Maia tirou onda com seus amplificadores e
homenageou a banda da qual faz parte, a Nação Zumbi, com o conhecido
instrumental de Coco Dub. A estrutura do palco Pop tremeu com a reposta do
público. Saímos ainda nos últimos acordes, com medo de perder o show que eu esperava ver desde meados de 2006.
Mombojó
Felipe S, Mombojó/ Foto: Rafael Flores |
Alguns segundos da banda tocando
sozinha, o vocalista Felipe S. entra correndo no palco Guadalajara e já dispara
“Antimonotonia”, música do último álbum feita praqueles que cansaram de fazer
sempre os mesmos programas. O show misturou em doses bem medidas os três álbuns
da banda, “Nadadenovo”, “Homem-Espuma” e “Amigo do Tempo”. Bem ao estilo
losermânico, o público recém saídos da adolescência se amontoava em frente ao
palco e acompanhava em coro tudo que saia da caixa de som, incluindo os riffs
de guitarra. "Tá todo mundo dançando, eu também quero dançar", como no refrão de "A Missa" me veu vontade de não estar com a câmera fotográfica fragilizada por
um esbarrão no dia anterior e carnavalizar me comprimindo ao animado bolo de
gente.
China
China, aquele do Acesso MTV. Sim, era a
referência que eu tinha, além de ter escutado alguma coisa do Sheik Tosado, sua
antiga banda, há algum tempo. Ah, sim, claro, também temos uma rebuceteira que
dançou escrotamente para um clipe do cara. Já estávamos aquecidos pela energia
e com as pancadas de surpresa com as fortes letras do recifense, quando ele
anunciou a participação de Jorge du Peixe. Caramba, mais um integrante da Nação
Zumbi em uma noite só! Com o back n’ vocal formado por integrantes da Mobojó,
Jorge du Peixe e China cantaram juntos “O homem da gravata florida”, de Jorge
Ben, “Prato de Flores” do repertório da Nação e “Boa Viagem” do próprio
China. Outro convidado foi Felipe S, que voltou ao palco Guadalajara para, como num hino, despedir-se do público com o refrão de "Deixe-se Acreditar", parceria dele com o China.
China e Jorge Du Peixe/ Foto: Rafael Flores |
Roberta Sá
Roberta Sá/ Foto: Rafael Flores |
"Vamos ficar pro show de Roberta Sá, daí fazemos umas fotos pra por na página, sei que o pessoal curte", disse a Paulinha logo quando China e companhia deixaram o palco. O público rapidamente se modificou, não eram mais os pós-adolescentes, agora predominavam afetados fãs com seus trinta e pouco anos. Roberta apresentou música do seu novo trabalho, "Segunda Pele" e passeou pelos antigos, o que rendeu aplausos e muitos gritos. Doce e simpática, a cantora de Natal (RN), homenageou ainda o amigo pernambucano Lula Queiroga, de quem gravou diversas composições, tais como "Ah Se Eu Vou" e "Pavilhão de Espelhos". Foi agradável, ver a menina com as mãos na cadeira pra curar a ressaca de tanto rock n' rolll.
0 comentários:
Postar um comentário