quinta-feira, 15 de março de 2012

Sapateando Na Terra de Oz - O Rebucetê Entrevista: Na Terra de Oz

Mariana Kaoos


Dentre os célebres filmes ou personagens que marcaram e ainda marcam gerações, "O Mágico de Oz"  talvez tenha sido uma das histórias mais disseminadas e recontadas em todo o mundo. Através da personagem Dorothy Gale, é revelada ao público a surreal terra de Oz, que adquire tudo que a imaginação de uma pessoa possa comportar, desde bruxas, a homens de lata e músicas com um tom surrealista psicodélico.

Mesmo sem ter visto ou lido toda a história, a banda conquistense Na Terra de Oz, que se apresentará nessa sexta feira no Viela Sebo Café, vem buscando se inserir no cenário cultural da cidade de forma impactante, tentando levar o público a sensações e lugares antes inabitados através de sua música. Formada pelo vocalista Marcus Vinicius, o baterista Breno Mota, o baixista Beto e os guitarristas Maieh e Rafael (solo) - idealizador da banda -, "Na Terra de Oz" bateu um papo com O Rebucetê sobre o atual cenário cultural da cidade e as perspectivas de começar a se inserir nele.

O Rebucetê: Como foi que surgiu a banda e o por quê desse nome?


Na terra de Oz: O projeto da banda surgiu há mais ou menos sete meses comigo (Rafael) e Breno, que tínhamos o interesse em fazer um grupo pra tocar rock’n’roll clássico. A partir daí fomos conhecendo o resto do pessoal que foi chegando aos poucos até essa formação atual e durante esse tempo, sempre sugerimos vários nomes, muito toscos por sinal, até chegarmos a esse. Ninguém aqui viu o filme ou leu o livro todo, mas gostamos do nome e acabou ficando. Acho que o filme tem essa onda meio psicodélica e nossas composições também tem essa pegada...

OR: Então vocês possuem musicas autorais?

NTO: Sim. Existe uma diferença entre compor e fazer melodia, né? São dois processos muito distintos. Nós já temos quatro músicas prontas que iremos apresentar no show de amanhã, inclusive, e temos varias letras, mas que ainda precisam da melodia. Só quem compõe na banda ate agora é o Rafael que tem uma pegada mais atual, falando das sensações vividas em êxtase e a Maieh, que já tem um estilo mais tranquilo, falando sobre amor e outros sentimentos, como na música "Café e Nostalgia".

OR: Falar que toca rock hoje em dia é uma coisa muito vaga, porque dentro do estilo criou-se varias vertentes, que vão desde o metal ao grunge, ao pós-punk e outros gêneros. Vocês acreditam se identificarem ou estarem inseridos em apenas um gênero do rock? E se sim, qual?

NTO: Aí é que tá! Achamos que estar inserido em apenas um gênero do rock é acabar se rotulando. Até mesmo pelo fato de a gente tocar muitos covers e das nossas músicas autorais terem uma pegada mais psicodélica, acho que não nos encaixamos em apenas um formato. Nós fazemos rock’n’roll e queremos que todo mundo ouça, independente de ser heavy metal ou gótico.

OR: A respeito do show de amanhã, como está o critério de escolha do repertório? É a primeira vez que vocês estão se apresentando em público?

NTO: Estamos ansiosos para o show de amanhã, vai ser a terceira  vez que nos apresentaremos em público (a primeira foi no Apogeu, num show mais undergroud, de apresentação da banda e a segunda no Viela). Poder nos apresentar em um evento como o Grito Rock é bom, por conta da visibilidade e da troca de experiência que a gente acaba tendo com bandas do Brasil todo, então amanhã vamos fazer uma coisa bem misturada, se inspirando numa banda soteropolitana chamada Vivendo o Ócio e em bandas já consagradas como Coldplay. Sem querer rotular, mas já rotulando, estamos propondo um show mais indie.

OR: O cenário alternativo da cidade sempre abarcou pessoas com muito talento e que sabem o que estão fazendo. Vocês acham que isso serve como inspiração para a formação de novas bandas ou acaba inibindo as pessoas de se jogarem no mundo musical?

NTO: Muito pelo contrário. Estar inseridos num ambiente em que se produz e se consome música de qualidade, como aqui, é uma coisa muito bacana. Achamos que isso é um modo de inspiração, de você ver aquela banda local que você gosta e poder aprender com eles e tocar junto, até seguir seus próprios caminhos.

OR: Última pergunta: de que forma vocês pretendem se inserir no espaço musical de Vitória da Conquista de agora em diante?

NTO: Ainda não temos nada planejado após a nossa apresentação no Grito Rock, mas mantemos uma média de três ensaios semanais e queremos ocupar os espaços aqui da cidade, mostrando nosso som e podendo levar eles a outros lugares do país também.

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