Mariana Kaoos
Dentre os célebres filmes ou personagens que marcaram e
ainda marcam gerações, "O Mágico de Oz" talvez tenha sido uma das histórias mais
disseminadas e recontadas em todo o mundo. Através da personagem Dorothy Gale,
é revelada ao público a surreal terra de Oz, que adquire tudo que a imaginação
de uma pessoa possa comportar, desde bruxas, a homens de lata e músicas com um
tom surrealista psicodélico.
Mesmo sem ter visto ou lido toda a história, a banda conquistense
Na Terra de Oz, que se apresentará nessa sexta feira no Viela Sebo Café, vem
buscando se inserir no cenário cultural da cidade de forma impactante, tentando
levar o público a sensações e lugares antes inabitados através de sua música. Formada pelo vocalista Marcus Vinicius, o baterista Breno Mota,
o baixista Beto e os guitarristas Maieh e Rafael (solo) - idealizador da banda -, "Na Terra de Oz" bateu um papo com O Rebucetê sobre o atual cenário
cultural da cidade e as perspectivas de começar a se inserir nele.
O Rebucetê: Como foi
que surgiu a banda e o por quê desse nome?
Na terra de Oz: O
projeto da banda surgiu há mais ou menos sete meses comigo (Rafael) e Breno,
que tínhamos o interesse em fazer um grupo pra tocar rock’n’roll clássico. A
partir daí fomos conhecendo o resto do pessoal que foi chegando aos poucos até
essa formação atual e durante esse tempo, sempre sugerimos vários nomes, muito
toscos por sinal, até chegarmos a esse. Ninguém aqui viu o filme ou leu o livro
todo, mas gostamos do nome e acabou ficando. Acho que o filme tem essa onda
meio psicodélica e nossas composições também tem essa pegada...
OR: Então vocês
possuem musicas autorais?
NTO: Sim. Existe uma diferença entre compor e fazer
melodia, né? São dois processos muito distintos. Nós já temos quatro músicas
prontas que iremos apresentar no show de amanhã, inclusive, e temos varias
letras, mas que ainda precisam da melodia. Só quem compõe na banda ate agora é
o Rafael que tem uma pegada mais atual, falando das sensações vividas em êxtase
e a Maieh, que já tem um estilo mais tranquilo, falando sobre amor e outros
sentimentos, como na música "Café e Nostalgia".
OR: Falar que toca rock hoje em dia é uma coisa
muito vaga, porque dentro do estilo criou-se varias vertentes, que vão desde o
metal ao grunge, ao pós-punk e outros gêneros. Vocês acreditam se identificarem
ou estarem inseridos em apenas um gênero do rock? E se sim, qual?
NTO: Aí é que tá!
Achamos que estar inserido em apenas um gênero do rock é acabar se rotulando.
Até mesmo pelo fato de a gente tocar muitos covers e das nossas músicas autorais
terem uma pegada mais psicodélica, acho que não nos encaixamos em apenas um
formato. Nós fazemos rock’n’roll e queremos que todo mundo ouça, independente
de ser heavy metal ou gótico.
OR: A respeito do
show de amanhã, como está o critério de escolha do repertório? É a primeira vez
que vocês estão se apresentando em público?
NTO: Estamos
ansiosos para o show de amanhã, vai ser a terceira vez que nos apresentaremos em público (a
primeira foi no Apogeu, num show mais undergroud, de apresentação da banda e a
segunda no Viela). Poder nos apresentar em um evento como o Grito Rock é bom,
por conta da visibilidade e da troca de experiência que a gente acaba tendo com
bandas do Brasil todo, então amanhã vamos fazer uma coisa bem misturada, se
inspirando numa banda soteropolitana chamada Vivendo o Ócio e em bandas já
consagradas como Coldplay. Sem querer rotular, mas já rotulando, estamos
propondo um show mais indie.
OR: O cenário alternativo da cidade sempre
abarcou pessoas com muito talento e que sabem o que estão fazendo. Vocês acham
que isso serve como inspiração para a formação de novas bandas ou acaba inibindo
as pessoas de se jogarem no mundo musical?
NTO: Muito pelo
contrário. Estar inseridos num ambiente em que se produz e se consome música de
qualidade, como aqui, é uma coisa muito bacana. Achamos que isso é um modo de
inspiração, de você ver aquela banda local que você gosta e poder aprender com
eles e tocar junto, até seguir seus próprios caminhos.
OR: Última pergunta: de que forma vocês
pretendem se inserir no espaço musical de Vitória da Conquista de agora em
diante?
NTO: Ainda não
temos nada planejado após a nossa apresentação no Grito Rock, mas mantemos uma
média de três ensaios semanais e queremos ocupar os espaços aqui da cidade,
mostrando nosso som e podendo levar eles a outros lugares do país também.
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