Por Maria Eduarda Carvalho
Letuce é uma banda, uma dupla, uma certa Letícia. A dificuldade de definição deve ser comum a quem fala a respeito, os frontmen Lucas e Letícia são parceiros também na vida: um casal. O casal Letuce. Mas não posso deixar de citar que eles estão sempre acompanhados por ótimos músicos; juntos formam mais ou menos (mais pra mais!) uma banda com a dupla-casal guia.
Letuce é uma banda, uma dupla, uma certa Letícia. A dificuldade de definição deve ser comum a quem fala a respeito, os frontmen Lucas e Letícia são parceiros também na vida: um casal. O casal Letuce. Mas não posso deixar de citar que eles estão sempre acompanhados por ótimos músicos; juntos formam mais ou menos (mais pra mais!) uma banda com a dupla-casal guia.
Foto: Ana Alexandrino |
Não sei se fui bem clara, mas espero que tenha despertado o interesse de quem ainda não conhece. A banda carioca tem um tempinho leve de carreira, é marcada pelo amor e a ousadia e, desse jeito, desenvolveram um estilo muito próprio - sozinhos já são quase uma cena musical. Uma cena muito curiosa, diga-se de passagem, mas que tem agradado.
O ano de 2012 mal começou e eles já estão a todo vapor, em pleno envolvimento do lançamento de seu segundo álbum, Manja Perene. O grupo apresenta um trabalho muito mais maduro com uma definição de estilo para sua música; letras cotidianas, mas inusitadas, despertam a curiosidade e várias vezes algumas risadinhas. Quem diria que seria assim tão boa uma música para um Fio Solto na calcinha?
O Rebucetê bateu um papinho virtual com a cantora Letícia que contou um pouco mais sobre a trajetória da banda e sobre o novo cd, que faz parte de uma leva que vem aderindo ao Crowdfunding, uma forma de viabilizar projetos através de financiamento coletivo. O projeto deu super certo e o álbum fez sucesso.
Foto: Ana Alexandrino |
O Rebucetê: A Letuce criou uma atmosfera muito particular. A sensação que fica é que a banda envolve o público nas suas histórias e transporta pra outra realidade. O álbum novo remete muito a isso, quais foram as principais inspirações e experiências pra construir essas impressões sensoriais?
Letícia: Temos uma vida que oscila entre o comum e o extraordinário. Temos sorte em poder sempre passear, viajar, entrar num clima de hedonismo forte, isso tudo é gratificante para o momento mas também gera sensações perenes, e sem volta, que consequentemente nos inspiram a compor.
OR: Ainda falando sobre o Manja Perene, o álbum foi viabilizado com a ajuda dos fãs através do crowdfunding, como vocês conheceram o projeto? O resultado surpreendeu?
L: Foi o nosso selo, Bolacha Discos, que conheceu esse método no exterior e sugeriu, no início ficamos apreensivos, mas quando vimos que ia rolar, foi só felicidade. E gratidão eterna.
OR: As 'recompensas', que vocês ofereciam a quem colaborasse pareciam muito divertidas, como pic nic, show pra casal, etc e as entregas, como foram?
L: Foi uma delícia, fizemos um jantar na casa de fãs, que se tornaram amigos. Pic nic na Quinta da Boa Vista, foi bem divertido. Aproximou bastante. Foi lindo. E eu fiz 105 colagens manuais e exclusivas, deu um trabalhão, mas hoje em dia sinto falta até.
Foto: Rogério Von Kruger |
OR: A banda lançou um EP revisitando grandes sucessos do pagode romântico, que não é um ritmo muito popular no meio da música alternativa. De onde surgiu essa ideia? E a reação do público, qual foi?
L: Lucas é de Petrópolis, eu sou Tijucana, não tivemos a vida de quem mora perto da praia e conhece a cena alternativa, isso veio bem depois, então eu ouvia a música que dava pra ouvir, eu ia a shows que rolavam no meu bairro e a maioria era funk ou pagode. Mas eu gostava, e gosto ainda. Realmente, eu não tinha filtro, eu não tinha máscara, eu não precisava fingir nada, a canção chegava direto para o coração. Quando conheci o Lucas, já na primeira noite, conversando, tocando violão, fiquei impressionada que ele sabia tocar todos os pagodes, e acho que ele se impressionou que eu sabia todas as letras. Foi um momento emocionante até (risos). O pagode marcou nossa vida e quando quisemos tocar alguns nos shows, foi real, foi uma homenagem emocionada mesmo.
OR: Você também é atriz e continua trabalhando nesse campo. A gente sabe que essas duas carreiras são puxadas e com horários meio tortos, dá pra conciliar legal?
L: Eu sou mais cara de pau do que atriz. Não posso, nem quero fazer peça, teatro é uma entrega linda e perturbadora mas hoje em dia não teria tempo de ficar de quinta a domingo no teatro, vez ou outra gravo umas coisinhas, preciso me divertir, quem sabe no futuro tenha desejo de me perturbar um pouco mais, mas por enquanto só atuo se me divertir.
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E visite também o site oficial da banda.
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