sexta-feira, 9 de março de 2012

O Rebucetê entrevista: Banda Eden Bordel

Por Lucas Dantas e Rafael Flores


Foto: Lucas Dantas
Pela primeira vez em Vitória da Conquista, a banda carioca Eden Bordel, deu show na última quinta-feira no Viela Sebo-Café, em mais uma noite do Festival Grito Rock, que acontece durante o mês de março em mais de 200 cidades em toda a América Latina. Surgida em 2009 a partir da iniciativa de quatro amigos (Ian, Yuri, Guilher e GB), a Eden Bordel vem resgatando, em suas músicas, o estilo hard rock de bandas consagradas dos anos 80. Em Março de 2011, eles realizaram uma turnê passando por três estado do Brasil (MT, GO e RS), que foi promovida por coletivos ligados ao Circuito Fora do Eixo. O nome “Eden Bordel” vem justamente dessa analogia de que cada um tem seu próprio paraíso e o de alguns é o bordel. Apesar de terem um estilo voltado para o hard rock, a “Eden” possui alguns toques de country em suas melodias. A banda já lançou dois EPs, “O crime vale a pena” e “O segundo crime vale mais”, que somam 10 músicas de autoria própria. Antes de subirem ao palco do Viela Sebo-Café, Os músicos em uma entrevista superdescontraída, contaram um pouco mais sobre a banda para O Rebucetê.


O Rebucetê: Esse nome, Eden Bordel, o que significa, de onde veio? 
Ian: A gente costumava trabalhar antigamente, em outro ramo que se dedicava a atividades um pouco mais promíscuas...

OR: Então vocês eram putas...
Ian: É... não, brincadeira. Na real, Eden Bordel é porque a gente acha que todo mundo tem direito ao seu próprio paraíso, seja ele de qualquer maneira, do jeito que a gente quiser. E o nosso pode ser um bordel, pode ser um palco também, mas a gente preferiu Bordel que soa melhor.

OR: Vocês são adeptos do estilo Hard Rock, dizem ter se decepcionado com os rumos que o rock tem tomado e que estão traçando novos rumos. Que rumos seriam esses?
Guilher: Agora a gente está tentando misturar o nosso som com esse lance dos anos 70, anos 80, mas com alguns elementos mais atuais, pra fazer algo diferente pra acrescentar ao Rock n’ Roll porque a cena atual está muito parada...
Foto: Ana Paula Marques

Ian: Na verdade, agora a cena está se movimentando bastante e justamente essa movimentação de gente querendo que mude, é o que está fazendo dar mais certo hoje em dia. O hard rock não é um dos estilos musicais mais visados, mas é o que nós crescemos ouvindo, então não tem como se desviar disso. Tem muita mistura de rock clássico, blues em nosso som, mas o hard rock acaba prevalecendo um pouco. A gente não quer revolucionar, queremos apenas fazer Rock como antigamente, o que ninguém mais faz.

OR: “O crime vale a pena” e “O segundo crime vale mais” são os dois EPs que vocês lançaram. Mas essa questão dos títulos, explica um pouco o que eles significam.
Yuri: A gente pôs esse nome, primeiro por que achamos que combinava um pouco com o estilo da banda. E também porque a música “Bordel” tem esse verso na letra, “o crime vale a pena”, no refrão, logo aproveitamos e colocamos como o nome do EP. O segundo foi porque na verdade estávamos completando o EP, e como a gente não queria que ficasse parecendo que seria um trabalho totalmente diferente do primeiro, já que era um complemento, colocamos o titulo parecido, uma junção dos dois EPs.

OR: E esses EPs vão desaguar em um álbum algum dia?
GB: Nossa ideia agora é reformular a banda, e lançar algo novo, no caso um CD.

Ian: Estamos com uma ideia agora, que por enquanto é só uma ideia, mas que está bem encaminhada, que é de fazer um CD, que vai mostrar o que é rock ‘n’ roll de verdade na essência. O principio do álbum, de como ele vai ser feito e o que a gente vai fazer nele, é o que mostra mais como a gente vê o rock n’ roll, o que deveria ser o rock n’ roll.

Foto: Ana Paula Marques
OR: E o que deveria ser o rock n’ roll?
Isso será uma surpresa. Espera sair, porque vai ser maneiro.

OR: Para o show de hoje, o que de novo ou de diferente podemos esperar?
Ian: Vai ser interessante, pois a gente vai tocar pra gente sentada...

OR: A galera levanta.
Ian: ...mas mesmo assim, acho que muito show maneiro é com gente sentada. A energia é muda.

Guilher: Mas vai ter uma surpresinha sim, brincando um pouco com esse tema de rodeio, que a gente viu um pouco ai pela cidade.

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