terça-feira, 8 de novembro de 2011

Almoço Cultural debate políticas para o restaurante universitário da UESB

Foto: Lu Mota
Por Rafael Flores e Thaís Pimenta

Nesta terça-feira, a partir do meio-dia, uma enorme fila tomou conta do pátio em frente ao restaurante universitário da UESB, há tempos não se via tamanha concentração de pessoas por ali. Por apenas um real, algumas caras pintadas vendiam uma quentinha de macarrão, frango ensopado, farofa de feijão e salada. A atividade fazia parte da Calourada Unificada Primavera nos Dentes, realizada pela gestão Nada Será Como Antes do Diretório Central dos Estudantes e pretendia alertar a comunidade acadêmica para o preço abusivo do bandejão e para a necessidade de uma gestão pública do restaurante universitário.
Comida de qualidade e preços acessíveis nos restaurantes universitários são pautas antigas do movimento estudantil. Durante o Mobiliza UESB, mobilização que ocorreu entre meses de março e junho, faixas e canções já pediam R.U a 1,00 real. Com a eleição de um Diretório, esses mesmo estudantes agora tendo em mãos um instrumento institucional, colocam a pauta da Permanência Estudantil como prioridade. Assim as discussões a cerca da "questão R.U" vieram a ser concretizadas com um Almoço Cultural.

Segundo os membros do DCE, essa é uma forma de mostrar que é possível oferecer aos estudantes alimentação a um custo bacana. Além disso, lutam para que o restaurante, que atualmente é privado, passe a ser gerido pela universidade. “Sabemos que a nossa universidade tem três campis, em Itapetinga temos cursos de zootecnia, Engenharia de Alimentos; aqui em Conquista temos o curso de Agronomia, são cursos que podem estar trabalhando em extensão nesse sentido de produzir alimentos, é o que seria ideal, e a preço popular de fato, pois R$3,80 não é popular.”, defende André Thibes, estudante de Comunicação e membro do DCE.


Segundo a estudante de comunicação Laysa Gouveia, para a realização do evento o DCE contou com a colaboração de algumas empresas da cidade e passagem com livro de ouro pela universidade, para a arrecadação de dinheiro, além de doações de alimentos.  A comida foi feita por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Desempregados. “Nós enquanto movimento estudantil temos que perceber uma coisa, nós somos movimento social e temos que fazer uma escolha, e hoje o movimento estudantil da UESB fez uma escolha, ser movimento social popular e por isso trabalhamos com outros movimentos sociais também” disse o estudante de direito Alexandre Garcia animado, depois de pedir para que as cozinheiras fossem aplaudidas por todos os presentes.

Logo no início de seu expediente vespertino, Fábio Félix, pró-reitor de extensão da universidade atendeu aos pedidos estudantis e pegou o microfone para dar uma palavrinha. Esclareceu que a administração está trabalhando em uma pesquisa para uma reforma na gestão do restaurante. Segundo o pró-reitor, o novo projeto terá como base a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, cujo restaurante universitário emprega trabalhadores de comunidades vizinhas.

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