O curso de Comunicação Social da UESB passou na última semana por um complicado processo eleitoral. A eleição para coordenador de colegiado se instalou num ambiente de dúvidas. A categoria discente questionou as intenções, posturas e propostas da única chapa inscrita.
A votação ocorreu na ultima quinta-feira, 18 de agosto, causando uma confusa movimentação nos corredores da universidade. Dos 78 votos retirados da urna, 37 votaram a favor, 33 se opuseram à chapa, duas pessoas votaram em branco e seis anularam o voto. O grande problema dessa história é que das 78 cédulas retiradas da urna, apenas 77 foram respaldados com assinaturas dos eleitores. Ou seja, existe um voto a mais que não se sabe de onde veio. A decisão primeira da comissão eleitoral, composta pela professora Ana Claudia Pacheco, pela estudante Elisa Batista, e pelo secretário do colegiado Daniel Almeida foi de impugnar as eleições. No entanto, devido ao edital e a uma consulta a outras instâncias da universidade, validou-se a vitória da chapa. Segundo a presidente da comissão eleitoral, Ana Claudia, “Não houve fraude alguma. Dentro dos votos contabilizados retirados da urna, um não foi respaldado com assinatura, mas isso não inviabiliza o processo eleitoral. Houve sim, uma desatenção da mesa em relação a esse voto, mas não haverá impugnação da votação”.
A chapa eleita é composta pelos docentes Dannilo Duarte, ministrante da disciplina Comunicação e Tecnologia e Adriana Camargo, professora de Fotojornalismo. Ambos prometem lutar para sanar as deficiências do curso, como por exemplo, a falta do laboratório de suas respectivas disciplinas. Segundo Dannilo, que concorreu pela primeira vez ao cargo de coordenador do curso, “Não houve confusão alguma no processo eleitoral. O que ocorreu foi que um estudante possivelmente votou e esqueceu-se de assinar. A comissão eleitoral tem autonomia para tomar decisões. Foi uma decisão madura por avaliar e registrar isso em ata, mantendo o resultado das eleições. Acredito que isso tenha sido apenas um pequeno incidente. A minha posição agora, é aguardar a plenária do colegiado para que haja a homologação da chapa”.
Alguns estudantes enxergam que esse processo eleitoral foi atropelado e falho no que tange a divulgação e o estimulo para com a categoria discente. De acordo com Halanna Andrade, estudantes do 6° semestre do curso, “Não temos comunicação dentro do curso de comunicação! Os estudantes foram saber em cima da hora sobre as eleições, mas isso já é uma prática antiga, não temos a cultura desse processo de campanha e muito menos de entender a necessidade de um colegiado e de coordenadores. Cabe agora a nós, alunos do curso, nos mobilizarmos para cobrar dos novos coordenadores as promessas que fizeram e principalmente uma postura que dialogue com os estudantes e construam juntos essa nova coordenação”.
Por Mariana Kaoos